Faz tanto tempo que eu não decido ficar

 


Faz tanto tempo que eu não decido ficar.

É de se esperar que eu role na cama a noite inteira sem parar.

Talvez sinta a barriga torcer.

A cabeça girar.

O coração em descompasso, num revezamento mágico de rápido e devagar!

Pode parecer doer.

Se isso acontecer meus olhos irão te dizer, sem pestanejar.

Faz tanto tempo que eu não decido ficar.

Segurar na mão de alguém firme e confiar.

Deixar que o sentimento continue, sem tentar amenizar.

Sem correr, sem justificar…

Mesmo sem saber no que isso vai dar.

Não me lembro de nenhum filme que pudesse me ensinar - a lidar.

Eu só estou sentindo e indo sem me fechar.

Faz tanto tempo que eu não decido ficar!

Fica comigo?

Nem que seja só pra esse texto fazer sentido, enquanto a gente fizer durar.

Prometo que meu peito vai ser abrigo sempre que precisar.

Meu ouvido seu amigo.

Meus beijos seu lar.

Eu tô torcendo, por dentro, que você também decida ficar!


#rascunho

Rascunho I

 Irmão, de todo meu coração…

Eu perdi o controle…

Eu sei tanto e sei fazer tanto… mas fico mecânico quando começo a organizar tudo.

Me vejo engrenagem em meio aos músculos que batem pedindo atenção.

São eu não sei pedir

Não consigo assumir

Não tô bem!

Preciso de ajuda

Preciso de apoio

Preciso ouvir e falar

Tá tudo tão difícil pra poder lidar

Sozinho

Nesse ninho

ENORME

que eu construí.

As vezes tenho vontade de sumir.

Mas da tanto medo de recomeçar em outro lugar… pq aqui tem tudo que eu sempre quis.

Eu queria só não ter que viver os 30 e os 10 ao mesmo tempo… é um processo lento e devastador.

Tem dor do dé pequeno.

Tem dor de agora, grande.

Que consome e faz eu me perder.

Eu só queria aquele “a gente da infância”

Que na minha lembrança tem toque de areia e gosto de sal…

Não tinha mau!

Só sol!

Me sinto sozinho frequentemente.

É minha mente eloquente busca ouvidos que a queiram ouvir.

Eu só queria seguir.

Mas tá difícil.

Esse vício.

Tem tomado conta de mim.

Tem passado a frente dos laços que eu mesmo fiz

Tem que me exposto 

Me explorado

Me rendido

Tá sofrido

Mas eu não sei pedir

Eu sinto saudade da gente todo dia

Te amo

Mais que a melodia do pai

Da moreninha linda demais

Da gente criança… daquela lembrança de paz.

Sem plural.

Nos meus sonhos é como se o sol fosse plural.

Sols pintados no céu feito um mural surreal.

Um sol para cada ritual - individual.

Sols sós.

Sem calor e nem sabor de nós.

A solidão consome a luz que ele emana, nessa arte profana de sobreviver.

Quer saber?

Vá se foder!

É saindo do eixo que hoje eu bato no peito pra dizer:

EU NÃO SOU O SOL!

Sou só o sal, mineral final de seu refinamento…

Lento…

Tanto que eu tento até entender o porquê?

Não somos o centro de nada!

Não somos porque?

Quer saber?

Vá se foder!

Esse sabor de veneno

É o tempero do meu sofrimento de tanto tentar viver sobre o viés do seu julgamento!

Não dá pra entender, sua busca contínua 

Dessa verdade íntima tão maligna

Sobre o meu jeito de ser

Não me quer dizer nada!

Então nada!

Até a beira, pra sobreviver!

Tu te sentes real?

Ou um pedaço irreal

De um cosmos sem porquês?

Quanto mais afundo, mais fundo eu me enlaço nesse mundo imundo de embaraço que é o mistério de viver nesse espetáculo que você a pra depois rever.

Não é literal.

Nem real.

Sabe porque?

Tu não saberias lidar.

Não poderias suportar.

A ausência do ser sem ter.

É mais.

É mau.

Basta ler.

Enfim sós.

Cá estamos nós, de volta aos porquês!


Chato

 Querubim

Não faz assim, meu querubim!

Você mais que a mim sabe e sente que o quero - sempre e sim!

Não faz assim, pra mim!

Ao doar-se ao desprazer das mazelas faz delas seu principal bem querer. Ponto focal do prazer.

E eu estou aqui - tode - pra você.

Seguindo o caminho nesse compasso sem ritmo, dedicado ao amadurecimento legítimo para nos reconhecer e nos proteger.

Só te projeto o bem que vai além de qualquer ser, neném!

Te quero livre. E quero te “enlivrecer”!

E quero ser livre com você.

E contigo formar ninho ao amanhecer, quando assim quisermos, nos nossos tempos e processos inquietos cheios de porquês.

Quero sentir a vida fluindo, o tempo indo e poder envelhecer sem doer.

Eu quero ouvir sua voz em cânticos românticos falando de nós por aí… os assobios agudos e os graves trazendo as novidades que estão por vir… e nossos olhares a sorrir reconhecendo o passe e o enlace que só a gente sabe sentir ao se permitir.

Fico contigo nesse mundo.

Fujo contigo em qualquer nave.

Desde que a gente combinasse: a gente precisa se dizer!

Antes de perguntar.

Antes de querer.

Antes de esperar.

Antes de sofrer.

A gente diz e aí a gente vê!

E tudo muda! Porque quando a gente conversa a gente se conecta e se expande, a gente transa enquanto fala tudo que a alma quer dizer, transparece, enaltece e vê.

Um dia por vez.

A gente vai vencer!

E se o medo aparecer?

A gente se abraça!

E ouve tudo que ele tem a dizer.

Depois a gente desembaraça a carapaça e costura nosso novo amanhecer banhado de respeito, admiração e prazer.

Eu quero viver hoje com você.

Amanhã, nossos nós irão dizer.

Então deixa fluir.

Deixa acontecer!

Tô te dando tudo que eu tenho.

Qualquer outra coisa… eu não irei prometer.

Quero fazer!

Quero pertencer!

Ser!

Viver!

Crer!

Com você!

Feliz vida.

Feliz ser.





Mãe

 Mãe

Eu te sinto tanto, que quando canto ouço você dizer: te amo.

Um eco rebatido tonto que se conecta ainda contido no néctar da tua flor. Sinto-me filho, meu amor.

Uma coisa que se sente, mas não se controla, que consome e devora, mas não assola, uma força motriz que vem da raiz que nós mesmos cultivamos.

Tu é meu maior motivo.

Meu primeiro abrigo.

Meu penhasco também.

Tu é meu bem, neném!

Conhece meu mau, e faz mingau pra que eu não seja refém.

De mim.

De nada.

Nem de ninguém.

Você cura, e dura do jeito que é transpassa!

Invade!

Ocupa!

Se espalha e amarra tudo que te convém.

É uma força incontrolável- inexplicável- influente.

Ciente de que o amor não mente, tão amável simplesmente sente e ama todo o mundo também.

Da sua luz conduz os passos

Sem deixar rastros

Para os mal quistos não nos seguir

Mas faz caminho fininho, no cantinho 

E constrói ninho quentinho do colo que sempre usufrui

Pra quem precisa de carinho

E oferta o amor que tem em ti

Eu te divido e te espalho por onde passo

Tem tanto você em mim

Que no fim já não se sabe

O que eu sou?

Ou de onde eu vim?

A tua verdade e tua vaidade que me motivaram a seguir… Teus olhos raros com tanto brilho enganaram o medo e mudaram o sentido de tudo que estava por vir.

Você sempre ri.

Você sempre é.

Você.

Sempre.

Mente quem diz que não sente, o que eu sinto e estou tentando dizer aqui.

Felicidade é a arte que me invade quando você sorri.

Eu a amo de forma inconsequente, eloquente, dissidente, iminente, de forma pertinente, sempre mais. Enquanto o coração faz sentir, a mente da gente mente pra gente e pede pra seguir em paz!

Aquele casulo úmido, útero.

Eu nunca quis sair.

Te sinto em em tudo aqui.

Aparentemente dois, um só pra mim.

Independentemente de toda essa gente seremos pra sempre eu pra você e você pra mim!




O Deco, O Dé, O Gui, O Sonhadorzinho.

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Simplismenet um SER NORMAL, diferente do comum e mais ESPECIAL do que você possa imaginar! Corpo de HOMEM, jeitinho de moleque, amando sempre, tentando sempre... aprendendo cada vez mais a dar valor a VIDA! Ser feliz é o que me importa agora... se quizer vires comigo, seja bem-vindo... traremos felicidade um ao outro! Guï

Sonhadorzinho

Sonhadorzinho
Uma boa leitura, um momento de frescura pra uma vida dura.

Meu.

É meu, para mim! Quando escrevo, escrevo de mim para eu mesmo, expondo as vontades e dores que tenho na minha individualidade, sem necessidade de explanação, só como uma forma de retirá-los de dentro de mim, sem ter de esquecê-los no tempo. Guardo aqui, os momentos que chorei e sofri, e até os que sorri, para se precisar, lembrar. Principalmente, lembrar o porque de eu não querer mais, sequer, lembrar.

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