Recomeçar nunca foi tão difícil!

Há tantos processos hoje demandando atenção ao mesmo tempo! 

Dentro de mim explodem sentimentos dicótomos que de tão antagônicos criam pontos de tensão viscerais… Aí o estômago reage mal, a cabeça pressiona os olhos e os faz transbordar à todo o tempo, o coração que já não desacelera e assim ansioso faz com que os pensamentos nem descansem mais… de tantos nós que nós criamos, é difícil soltar-se sozinho. Implodindo o que há por dentro em cada cantinho que existe em mim mesmo, mesmo que eu insista em não me ultrapassar… transpasso. Na pele surgem erupções e vermelhidões como gritos sufocados de socorro - BERRANDO - no meu rosto, no meu corpo, pescoço e afins...

Tem dias que não dá vontade de calar mais nada, e uma força intrínseca me acomete e grita! E chora! Fala! Ouve! Como se tudo fosse se resolver ali… Há outros dias que o silêncio se apossa, a solidão, a escuridão e o vazio me consomem e não se fala uma só palavra o dia inteiro… Meio que a mercê de uma espera de qualquer coisa para que as horas passem para que eu possa voltar a dormir.

Quando eu fecho os olhos - no meio dessa reflexão-texto - estou preso em nós com cordas muito esticadas que guiam meu olhar em várias direções, e eu estou no foco… no meio… preso… parado... sozinho.

E cada nó que eu desato - por algum ato - logo perde o frenesi. E eu volto pro meio de mim.

Sim! Os nós desatados são atos.

Eu tenho sentido falta de mim as vezes. Foram tantos nãos que hoje eu só tenho dito sim!

Ficar sóbrio é tão difícil que já nem lembro bem deste ofício e sinto que eu tô me perdendo de mim! E tá doendo tanto me ver partindo… e indo... e indo... e indo...

Eu não me vejo mais em mim.

As vezes, não me vejo mais aqui.

Isso dá medo.

Medo do fim, sem nem ter vivido o meio de mim.