Já que eu não caibo nos quadros

Nem nos porta retratos tão retinhos

Eu me desfaço em pedaços no espaço que vocês constroem como se fosse tudo muito retilíneo 

E aí eu me expando

Me alcanço  

Me lanço em busca de um fim nesse encontro tonto e nesse balanço de sonhos - Danço e canto sem medo do que vão achar de mim.

Neste nó sem laço que mal enfeita e prende a minha garganta mas não cabe em nenhum compasso do meu existir tão afim de estar aqui… dessa voz que ainda encanta quem se dispõe a ouvir!

Eu digo sim! Pra tudo que é motim sem motivo, toda causa moral - material ou imaterial - que não precisa de fins- nem de ti! Nem de mim.

Sigo a seguir. Sozinho. Dizendo SIM!

Inquieto. 

Incompleto. Pequenininho.

Nesse mundo deserto que tá tão cheio de gente inocente

Que não sente

Não preenche 

Não entende o caminho

Gente que mente

Gente que prende a gente

Que prefere iludir um sorriso forçado a sentir um coração explodindo de alegria de fato!

Que finge verdade só por vaidade 

Mas não acolhe o seu próprio existir. Nem pra si. Não se escolhe. Não se entende.

Eu prefiro sentir ao invés de mentir o que essa gente mente.

Por isso ainda tô por aí.

Perdido

Pedindo carinho

Sozinho

Nos tantos cantos desse mundo estranho que me recuso a seguir mentindo

Talvez seja pouco continuar indo só por ir nesse caminho

Ou talvez a gente nem precise mesmo do apoio de outro

Pra de fato seguir o nosso destino.

O fim é o início de um novo ciclo pra mim.

Bem.

Eu vou indo! Bem lindo.

A gente se vê!

A gente se sente fluindo por aí!

Se você se perder, tenta se achar aqui em mim!

Eu te conheço o pouco que preciso pra te trazer de volta.

Pra te por na rota.

Daquilo que você me me contou

Daquilo que você se permitiu dividir.

Eu tô aqui.

Por enquanto.

Não sei até quando.

Mas pelo tanto que me fez sentir feliz

Prometo que serei sua âncora de retorno

Seu porto

Seu canto.

Pode até parecer pouco, mas é tanto - pra mim!