rascunho de mim
O coração manso hoje em dia vive sem pressa... acorda
cedo... escolhe o perfume mais doce... capricha os detalhes antes de sair...
acende-se a luz sem preocupar ou deslumbrar olhos alheios... escolhe a tal
roupa vulgar... boca vermelha quando bem quer... sem pesos... sem receios... há
tempo que passa sem perceber... e outros que se escolhe correr... e está tudo
bem!
A satisfação eu não dou nem pra mim mesmo... é tudo uma
questão de desejo!
Tem dias que só de sentar num bar e pedir um suco que não
atrapalhe a dieta e contemplar sozinho os carros passando... os homens
piscando... a vida surgindo... já preenche inteirinho! Sem hora pra voltar...
sem briga esperando em casa sentada no sofá. É libertador ser livre assim!
O cheiro das coisas boas da feira no sábado ... a cor das
frutas... os brilhos nos olhos dos olhares trocados... as vozes... os gostos...
é tudo tão meu agora! Dono do mundo que existe dentro de mim! Dono de mim que
existe pro mundo lá fora!
No domingo sentir o sol entrando pela fresta da cortina e
tocar meu corpo: ora só ora não. E o calor periférico e demarcado que vai
crescendo... a luz entrando... o corpo acordando... o brilho das coisas
brilhando... e refletindo... e naturalmente acontecendo e surgindo... dá-se bom
dia ao sol... A Deus... a si mesmo. Os detalhes fazem a diferença, e dependem só
de mim!
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Adeus.
A Deus.
Saudade é
palavra fria, de conjugação sóbria, é consolo para a dor de dentro - que não cabe
dentro... não mede... não para... nem espera.
É dor de
doar-se e doer-se por inteiro.
Despedir-se
de si mesmo e de todo egoísmo de posse que provém da necessidade física... do
toque... do cheiro... do gosto.
Essa ida nunca é terna... eterna é a espera pela
volta que nunca chega. Nunca volta.
Um dia a mais
é menos um pro reencontro.
De sentir de
perto as almas se reconhecendo.
Porque a
conexão não para. Ela continua uma contínua busca pelo encontro daquilo que
falta dentro e que de tão grande o vazio que causa preenche os espaços de fora
- por inteiros.
Ora! Foto que
lembra. Cheiro que traz de volta aquela volta que nunca chega! A música que
arrancava sorrisos quando ouvíamos juntos. E hoje, só, só traz saudade.
A gente
necessita tanto dessa coisa de ver de novo... de tocar de novo que a cada espaço
novo – com novas pessoas – nossos olhos buscam similaridade.
E nossa
cabeça transforma pessoas passando em rápidos reencontros – acho que o vi
passar!
Não era ele! Era só a falta se fazendo presente num presente mais recente me fazendo lembrar de você...
Saudade daquele presente que você estava...Que hoje - passado - não quer passar.
E de tanta saudade que eu sinto, eu te sinto sempre!
O amor que você plantou sempre floresce! E ele só cresce!
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O Deco, O Dé, O Gui, O Sonhadorzinho.
- André Sgalbieri
- Simplismenet um SER NORMAL, diferente do comum e mais ESPECIAL do que você possa imaginar! Corpo de HOMEM, jeitinho de moleque, amando sempre, tentando sempre... aprendendo cada vez mais a dar valor a VIDA! Ser feliz é o que me importa agora... se quizer vires comigo, seja bem-vindo... traremos felicidade um ao outro! Guï
Sonhadorzinho
Meu.
É meu, para mim! Quando escrevo, escrevo de mim para eu mesmo, expondo as vontades e dores que tenho na minha individualidade, sem necessidade de explanação, só como uma forma de retirá-los de dentro de mim, sem ter de esquecê-los no tempo. Guardo aqui, os momentos que chorei e sofri, e até os que sorri, para se precisar, lembrar. Principalmente, lembrar o porque de eu não querer mais, sequer, lembrar.
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