DES-apego







 DES-apego

Decidi, com todo esse meu egoísmo errôneo e sua totalidade aguçada permitir-me à prática do desapego.
Resolvi mudar em prol de mim mesmo, sem motivos consideráveis, somente pelo fato de estarem incomodando. O incômodo é uma forma de dor absurda, ela machuca sem aparentar fisicamente, ela corrói até não sobrarem vestígios, e principalmente, ela destrói; ela começa das bases e faz cair toda e qualquer construção sentimental disposta.
Deixei de lado sem querer, talvez querendo, o peso que eu carregava, os juros que eu pagava por estar admitindo ser a parte fraca, sempre tendendo à outros desejos, mesmo que parecesse estar sempre no comando de decisão, sou eu quem sei do que abri mão pelos olhos e dentes alheios.
Comecei olhando em outros sentidos e sentindo outros olhares, bem mais capciosos e disponíveis aos meus pedidos... Dedicação. Entende?
Relacionamentos são efetivamente necessitados de recompensa. Não seja medíocre em dizer que realmente se dá sem a intenção de receber, o que posso concordar é que nem sempre se exige retorno de coisas materiais e palpáveis, há quem se contente com sorrisos e demonstrações de importância, seja lá qual for o retorno, ele sempre é esperado. É uma via sentimental de mão dupla. No fundo há essa vontade omitida para tornar ainda mais romanesco tal dedicação.
Descobri, enfim, que quando não há a necessidade ou a preocupação exclusiva com o alheio o próprio toma proporções muito mais prazerosas e intensas.
Eis aqui, eu, aprendendo a me desprender de coisas abstratas e começar a pisar em chão concreto. De preferência bem revestidos e impecavelmente bem preservados.



Talvez este não seja um ‘eu’ verdadeiro e eterno, contudo é o ‘eu’ de agora.

E em questão de total presença de ego concentrado, eis que escrevo para que eu mesmo leia e deguste.

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Simplismenet um SER NORMAL, diferente do comum e mais ESPECIAL do que você possa imaginar! Corpo de HOMEM, jeitinho de moleque, amando sempre, tentando sempre... aprendendo cada vez mais a dar valor a VIDA! Ser feliz é o que me importa agora... se quizer vires comigo, seja bem-vindo... traremos felicidade um ao outro! Guï

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Uma boa leitura, um momento de frescura pra uma vida dura.

Meu.

É meu, para mim! Quando escrevo, escrevo de mim para eu mesmo, expondo as vontades e dores que tenho na minha individualidade, sem necessidade de explanação, só como uma forma de retirá-los de dentro de mim, sem ter de esquecê-los no tempo. Guardo aqui, os momentos que chorei e sofri, e até os que sorri, para se precisar, lembrar. Principalmente, lembrar o porque de eu não querer mais, sequer, lembrar.

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