Um sorriso.
Um sorriso.
"Eu tentei, mas não deu pra ficar sem você. Enjoei de esperar." ♪
Depois de um sorriso sujo e vago de dentes, interrogou-me:
- Quanto valeria um sorriso?
Antes de responder a esta interrogativa foram necessárias tantas análises, tantos motivos. Sorriso por sorriso, seria um bom valor. Talvez não o que ele buscasse como resposta, mas de fato o que realmente preencheria minhas razões.
Mas nem com um sorriso eu respondi naquele momento àquele jovem morador de rua.
Havia sentido tanta vontade e percebi estar incapaz de fazê-lo mesmo assim.
Não escrevo agora para que alguém entenda ou sinta sentimentos plausíveis de dó, escrevo falando o que o coração sente e não pode mostrar.
Estou partido e disperso; partes aqui, partes acolá. Coração, mente e próprio corpo.
Quisera eu mudar, reinventar, não precisar viver isto.
Querer e não poder, não tentar, tão pouco conseguir. Há dó. Dó da dor, do amor, da vida.
Eu sou feliz. Eu acho.
Eu ideei tantas coisas que não foram realizadas, mantive sonhos e promessas que não foram cumpridas, disse verdades inteiras e meias mentiras, e continuo vivo. Houve quem vivia e quem sobrevivia, enquanto eu procurei aproveitar. Hoje sobrevivo eu, e outros se aproveitam de mim.
Mas e o sorriso? Estava esquecendo de relatá-lo. Este ficou preso, e ainda mais pequeno que os próprio dentes; cada vez mais difícil, menos comum. Não por pouca felicidade, mas por muita apatia.
Há nos palhaços mais maquiagem e máscaras do que sorrisos; e mesmo assim ainda achamos que eles nos fazem sentir bem. Neste mundo ocre qualquer mistura de duas ou três cores práticas tem se tornado motivo de mostrarem-se os dentes. Pobres daqueles que acreditam, e dos que não acreditam também.
Momento de falta: de vontade, de realidade, de incentivo. Falta ou sobra.
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O Deco, O Dé, O Gui, O Sonhadorzinho.
- André Sgalbieri
- Simplismenet um SER NORMAL, diferente do comum e mais ESPECIAL do que você possa imaginar! Corpo de HOMEM, jeitinho de moleque, amando sempre, tentando sempre... aprendendo cada vez mais a dar valor a VIDA! Ser feliz é o que me importa agora... se quizer vires comigo, seja bem-vindo... traremos felicidade um ao outro! Guï
Sonhadorzinho
Meu.
É meu, para mim! Quando escrevo, escrevo de mim para eu mesmo, expondo as vontades e dores que tenho na minha individualidade, sem necessidade de explanação, só como uma forma de retirá-los de dentro de mim, sem ter de esquecê-los no tempo. Guardo aqui, os momentos que chorei e sofri, e até os que sorri, para se precisar, lembrar. Principalmente, lembrar o porque de eu não querer mais, sequer, lembrar.
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