A gente inventa tanta coisa, né?

Parece que na nossa cabeça a criança que conta as histórias não tem medo nem segredo pra esconder… e aí a gente inventa um tanto de contos que gostaríamos de viver… os carinhosos que nos deixam vaidosos… os manhosos das manhãs gentis… os felizes dos dias incríveis que realmente vivi…  mas a gente cria um além da conta que não se encaixa e nem cabe no nosso próprio existir…  Ninguém sabe pedir claramente o que quer… a gente espera que o outro adivinhe… que outro descubra… o que a nossa mente requer…fala, mulher! Conta pra ele dos desejos infiltrados nos azulejos mal colocados do banheiro do jardim…

Fala que sim quando seu desejo pede mais que do que o que ele está afim!

Depois a gente argumenta… e tenta formalizar o que não tem forma… mas que em alguma manobra nos permita sentir… nem que seja num instante… tipo um gozo… rápido… mas tão nosso… impactante… tátil... marcado no nosso existir.