Você Vai Ver.






Você Vai Ver.

Acorde-me com um abraço pela manhã, e antes que eu possa sequer reagir à reclamação, beije-me. Beije-me muito, com hálito de ontem, ou de hoje cedo de boca escovada antes da minha. Vai poder ver nos meus lábios, nervosos, o quanto te gosto.
Ao sentarmos juntos mantenha contato, não desencoste meus pés dos teus, não afaste as pernas, não disfarce, não tema; pegue minha mão e aperte contra seja qual for à parte do seu corpo, me ponha perto. Vai poder ver no suor das minhas mãos, nervosas, o quanto te gosto.
Enquanto andarmos e conversarmos sobre alguma coisa normal, ou se estivermos apenas blefando palavras para não manter silêncio naquele espaço, interrompa-me; e então diga tudo o que você admira em mim, minta um pouco e exagere sem pudores, não fale das minhas gordurinhas a mais nem das deformações que sofri na puberdade com o acréscimo de espinhas àquela sensualidade facial que só eu tenho. Vai poder ver, assim, dentro dos meus olhos, nervosos e tímidos, o quanto te gosto.
Às vezes, na maioria delas se não for possível sempre, me arraste a um lugar mais reservado, ou pelo menos mais vazio, e me dispa e aperte, morda se gostar; na altura do campeonato você sabe que tem tanta liberdade para fazer tudo aquilo que quiser quando estivermos nos amando e nos querendo. Se não toda a roupa deixe ao menos o sexo exposto, e ai sinta meu gosto e me mostre o seu. Vai poder ver assim no meu gênero, nervoso e tenso, o quanto te gosto.
Quando acordar depois que estivermos a horas dormindo, ainda na madrugada, e talvez já tenhamos saído do estado de abraço fetal, conchinha, cabeça ao peito... E nos prostrar-mos como ogros solitários cada qual ao seu canto de bruços e de costas ao outro, apalpe meu corpo com leveza, provoque aquele tesão que ainda não jorramos, mas que está ali adormecido; aprecie minhas curvas e retas, as bem realizadas e as outras ainda não tão padronizadas também, suspire perto, chegue mais perto... Vai poder ver sobre a minha pele, nervosa, o quanto te gosto.
Pense em mim à todo minuto, faça de uma hora sem ouvir minha voz uma fatalidade e nunca a torne rotina, me ligue, mande-me mensagens, telegramas, carros de som em datas comemorativas, grite meu nome embaixo da minha sacada, dê-me chocolates, flores, cartinhas coloridas escritas à meia-luz, roube-me o ar, os beijos, e divida os sonhos e planos. Vai poder ver assim no meu sorriso, nervoso e mimado, o quanto te gosto.
Disponha sempre de abraços e carícias, de apertões e mordidas estratégicas, de canções e letras melosas e de noites de amor intenso e selvagem; anseie a próxima vez que irá me ver, me previna e surpreenda-me no mesmo dia. Não disponha de riqueza material para isso, disponha de riqueza sentimental direcionada à minha pessoa e todos os caprichos que a acompanham. Assim, só assim vai poder ver em tudo que eu faço, falo, penso e quero o quanto eu amo você.

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Simplismenet um SER NORMAL, diferente do comum e mais ESPECIAL do que você possa imaginar! Corpo de HOMEM, jeitinho de moleque, amando sempre, tentando sempre... aprendendo cada vez mais a dar valor a VIDA! Ser feliz é o que me importa agora... se quizer vires comigo, seja bem-vindo... traremos felicidade um ao outro! Guï

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Uma boa leitura, um momento de frescura pra uma vida dura.

Meu.

É meu, para mim! Quando escrevo, escrevo de mim para eu mesmo, expondo as vontades e dores que tenho na minha individualidade, sem necessidade de explanação, só como uma forma de retirá-los de dentro de mim, sem ter de esquecê-los no tempo. Guardo aqui, os momentos que chorei e sofri, e até os que sorri, para se precisar, lembrar. Principalmente, lembrar o porque de eu não querer mais, sequer, lembrar.

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