Eu, Travesti-r!

Eu já sabia! Mas fazia de conta que não entendia que a pessoa mais parecida com a referência que eu tinha criado na minha fantasia - estava ali, na noite, no frio, sozinha e parada na esquina! E com o tempo minha menina foi percebendo esse movimento - lento - de ter de aprender à dizer “adeus” - aos seus e as suas amigas- hoje umas pisam na Europa, aqui seguem outras - sem tempo à prantos, condolências ou missas de sétimo dia - se reinventando e tentando manter-se suficientemente viva… Umas mais alto astral, com salto cristal e blusa de oncinha… outras não tão bem quistas, mas obrigando a por quem enxerga serem vistas no canto delas. Mas muitas deitaram e ficaram pelo caminho - indigente e clandestino. Sem escolha. No chão. Sem destino. Na encolha. Na moita. No sigilo. Enterradas em terra molhada com nome de menino. Eu aprendi a me despedir bem antes, me despeço distante sem nem me despir. E hoje sei que nunca fui nem nunca serei aquelas que começam do início- onde se planeja primeiro o mês de fevereiro e os gatinhos - mas cheguei a conclusão que também não sou só o fim - aquele misto de desgosto e vazio, transformando angústias em músicas pra se ouvir nesses fones sem fio… Eu sou o meio. eu sou e eu estou no caminho.

Salto alto

Que dor te dói? Já parou pra pensar que o que te mata me constrói? E se - eu - reflexiva - conversando informalmente com uma grande amiga falasse que o salto alto me impulsiona - ela interrompe e toma pra si a posse da conversa - e revela - pra mim salto é coisa criada por “macho escroto” que nunca usou um pra sentir a dor do dia - outro. Aí, retomei a mim bem serena e pensei… será que vale a pena ter que comprovar o que eu passei?! Eu sinto, eu decido se gosto ou não gosto, se quero ou nem chego perto… sim agora eu vivo. Mas antes eu andava ouvindo, lendo, repetindo, reproduzindo pensamentos e movimentos - masculinos - de não pertencimento ao meu eu feminino. Dali segui radiante, com o salto elegante, e o dedo em carne viva.

Ciclo-vicio-patriarcado-matriarcado-ponto

Nos tempos atuais, tão virtuais… se contentem com o prefácio, sem cálcio nem renda. Talvez você não entenda - de imediato - mas a mensagem deste ato - tá na legenda. Tá tudo a flor da pele mesmo, o beijo, o “oi”?o quem sabe não te “vejo”!… Isso é prefácio de um fim. Se até aqui você não entendeu sobre o quê eu falo, de gargalo dá um Google ali! A era de sentir precisa de cautela nos capítulos a seguir, de novos horários e novas novelas pra gente assistir! Mergulhar fundo é um perigo, amigo! É passagem de ida sem volta do vir! E te digo, ninguém voltou, viu? mas se servir, vai você e mais outros… tentar aquele mesmo qualquer coisa ali! De boa? Aquela coisa a toa ali tá preparada. Esperando por ti. Oi, qual o seu nome?

Eu estou aqui

Eu me olhei hoje pra entender das cores, das dores, dos amores de mim… E da mesma ciência que dá evidência evidencia uma ferida ainda muito fresca, muito aberta e ardida ainda dói uma dor mesquinha. Ela sempre tirou a casquinha… por isso as marcas - no corpo dela - as outras - marcas - só aos poucos que ela mostra… nunca pouca sempre em ponto de embulir - não deixa ponta solta nem nada amostra se não fosse de propósito estar ali. Mas as lavas dessa menina sempre ri. Ri porque a água evapora mais rápido do que ela pode sentir. Não tem vento forte de fato pra tirá-la dali… e o fogo… que dependente de outro corpo pra consumir… ela já nem chega perto… porque o dialeto é oco, pouco pro que ela quer ouvir… Ela se derrama inteira, dessa maneira ela sente o sentir das coisas - as boas - as passageiras - as de doer - as de sorrir… Ela é terra… que molda a própria pedra, condensa, espera, pra depois existir… Ela é dela. E essa imensidão inquieta é a festa que ela celebra quando sente que está aqui. Presente. No barro, no jarro, no chão e na mão de qualquer um que quiser tocar pra sentir. E esse enredo todo era só pra falar sobre a dor do cabelo que tanto demora q crescer… Já havia ouvido falar: “O deserto é só passagem!”, então das areias dessa viagem eu vou levar mensagens pra poder seguir. No fim, era só pra dizer… eu estou aqui.

Vidal

Vidal, A mulher que carrega consigo o ínicio e o meio, A verdade real é que ela é sempre o copo cheio. Calma que abraça sem preconceito e do jeito que só ela sabe abraçar - um abraço inteiro. Do sal. Da areia. Cigana e Sereia. Vê o mundo através do próprio cristal que veio junto dela pra esse mundo. Vidal é visceral demais pra definir em poucas palavras ou pouco assunto, pra agradecer em poucos encontros, pra sentir e poucas praias, pra sentir Vidal é preciso mergulhar fundo. Vidal é tão alto astral que ela é repelente natural do mal. sim Ela repele o que é ruim! Ela pra mim é a mulher mais honesta que já conheci. Ela não tem pressa. Ela ceça quando ela decidir. Vidal me deu o céu e chão de areia pra pisar descalço. Ela é uma mulher que por fora aço, por dentro vento e fato. Vidal é energia solar que transforma asfalto em mar, pra que a gente não sinta nada duro demais. Vidal é paz. Ela é capaz de mudar você sem você perceber só por ser quem ela é e pela força desta mulher que ela trás. Vidal é real. É minha amiga cigana, que anda,que canta e que ama demais.

O Deco, O Dé, O Gui, O Sonhadorzinho.

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Simplismenet um SER NORMAL, diferente do comum e mais ESPECIAL do que você possa imaginar! Corpo de HOMEM, jeitinho de moleque, amando sempre, tentando sempre... aprendendo cada vez mais a dar valor a VIDA! Ser feliz é o que me importa agora... se quizer vires comigo, seja bem-vindo... traremos felicidade um ao outro! Guï

Sonhadorzinho

Sonhadorzinho
Uma boa leitura, um momento de frescura pra uma vida dura.

Meu.

É meu, para mim! Quando escrevo, escrevo de mim para eu mesmo, expondo as vontades e dores que tenho na minha individualidade, sem necessidade de explanação, só como uma forma de retirá-los de dentro de mim, sem ter de esquecê-los no tempo. Guardo aqui, os momentos que chorei e sofri, e até os que sorri, para se precisar, lembrar. Principalmente, lembrar o porque de eu não querer mais, sequer, lembrar.

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