Eis que começava, finalmente, a viver.


Resolvi largar os sonhos de mão! E tentar aproveitar melhor o meu tempo, apenas vivendo...
Chega de príncipes encantados, loiros e lindos, ricos e bem educados, charmosos e em cima de um cavalo branco... o mais perto que cheguei do amor foi com um homem de verdade, com corte de cabelo à máquina, que trabalhava de plantão, era moreno e andava a pé.
Deixei para trás aqueles desejos de independência precoce: de entrar na faculdade, sair de casa e comprar um carro, tudo ao mesmo tempo; isto aconteceu organicamente; ao dar o primeiro passo, entrando na faculdade, não me restara mais tempo algum, e assim como tempo é dinheiro, minha situação monetária era idem à disponibilidade cronológica. Depois disso aprendi a valorizar mais a casa de meus pais e o banco de carona, de qualquer automóvel que tenha fabricação superior ao ano de 95.
Cheguei a fatídica conclusão de que se até os 25 anos eu não tiver me tornado rico isso não vai mais acontecer! A idade ideal para esse tipo de conquista é inferior aos vinte e poucos anos; período em que a beleza e sensualidade exalam sem qualquer esforço. Neste país esta é a única forma de subir de classe social, porque se não for casando, trabalhando é que não deve ser!
Numa variável inconstante de ora eu ora outro, não me preocupo mais, tanto, com segundas opiniões, ou qualquer primeira, senão a minha, à respeito de eu mesmo, do "migo" de mim. Aprendi a encarar e fixar certeza, querendo ou não, por amor ou por medo, eles (os outros), deixaram de querer me moldar à sua imagem e etorpe semelhança. Foi aí que deixei de forjar as Danielles, Fernandas, Mônicas e Carolinas e apresentar os Thiagos, Brunos, Carlos, Murilos, Reinaldos e Ricardos, Paulos, Felipes, Maurícios e todos os outros que mal sabia o nome; deixei de sentir vergonha do meu eu verdadeiro para mostrar que quem tinha motivos para sentí-la eram eles, de si mesmos!
A gente passa muito tempo tentando provar muita coisa pra muita gente; coisas sem muito sentido, gente sem muita importância num tempo que não vai mais voltar.
Foi então que comecei a sintetizar, diminuir, selecionar mais; para que eu passasse a dar conta sozinho desta vida maravilhosa que é tão... e toda minha!

0 comentários:

Postar um comentário

~~ Seja BEM-VINDO(A) ~~

O Deco, O Dé, O Gui, O Sonhadorzinho.

Minha foto
Simplismenet um SER NORMAL, diferente do comum e mais ESPECIAL do que você possa imaginar! Corpo de HOMEM, jeitinho de moleque, amando sempre, tentando sempre... aprendendo cada vez mais a dar valor a VIDA! Ser feliz é o que me importa agora... se quizer vires comigo, seja bem-vindo... traremos felicidade um ao outro! Guï

Sonhadorzinho

Sonhadorzinho
Uma boa leitura, um momento de frescura pra uma vida dura.

Meu.

É meu, para mim! Quando escrevo, escrevo de mim para eu mesmo, expondo as vontades e dores que tenho na minha individualidade, sem necessidade de explanação, só como uma forma de retirá-los de dentro de mim, sem ter de esquecê-los no tempo. Guardo aqui, os momentos que chorei e sofri, e até os que sorri, para se precisar, lembrar. Principalmente, lembrar o porque de eu não querer mais, sequer, lembrar.

Translate