Camadas
Foi preciso me despir inteiro pra só então entender que não era eu quem precisava caber.
Na calça, no colo, no prazer ou no amor de alguém.
Eu preciso me escolher primeiro!
Na maior parte do tempo ficamos reféns de nós mesmos por conta do sentimento de medo de não ser aceito, de não ser escolhido, de não ser sorteado, de não ser o preferido de ninguém. E essa prisão que nos condicionamos nos põe disponíveis ao outro enquanto negamos a nós mesmos amores e favores que dispomos e distribuímos de forma torpe por aí!
Há de se pôr na balança de fato!
Quando o movimento não é devolvido, cansa e nos põe pra baixo!
O fardo fica pesado! Insuportável!
Eu demorei muito tempo pra entender que era preciso me encher primeiro, pra depois transbordar nos outros qualquer pingo de conselho que fosse... sem me esvair do que eu havia com muito custo me enchido pra continuar estando aqui.
Nos nossos aquários imaginários precisamos deixar de ser o cenário de plástico e assumir o foco de fato!
É tão bom ter me enxergado antes de morrer afogado nas emoções que brotavam em mim.
Nós somos feitos de várias camadas, sobrepostas, emaranhadas.
Camadas que compõem as nossas verdades e nossos mitos - camadas de artifícios que nosso eu antigo precisou dar início para chegarmos até aqui.
E é a partir desse ponto, que eu respondo ao meu próprio eu pensante e íntimo: Há de se seguir, mesmo que inconstante, aprender a viver cada instante como se depois dele fosse chegado o fim.
Sim!
Não devemos saborear o futuro com tanta vontade!
Na verdade, o sabor está nas partes que estou construindo agora em mim.
Eu quero senti-lo inteiro até o talo! Degustá-lo cada centímetro. Cada segundo. Cada pedaço!
Até preencher-me de mim.
E quanto mais coisa eu tiro, mais inteiro eu fico, porque a camada tão esperada... esteve sempre aqui!
Encoberta de cobertas e taças. De baladas. Festas e afins.
Agora é começar de novo, sem tanto alvoroço, com mais camadas selecionadas e refinadas de mim.
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O Deco, O Dé, O Gui, O Sonhadorzinho.

- André Sgalbieri
- Simplismenet um SER NORMAL, diferente do comum e mais ESPECIAL do que você possa imaginar! Corpo de HOMEM, jeitinho de moleque, amando sempre, tentando sempre... aprendendo cada vez mais a dar valor a VIDA! Ser feliz é o que me importa agora... se quizer vires comigo, seja bem-vindo... traremos felicidade um ao outro! Guï
Sonhadorzinho

Uma boa leitura, um momento de frescura pra uma vida dura.
Meu.
É meu, para mim! Quando escrevo, escrevo de mim para eu mesmo, expondo as vontades e dores que tenho na minha individualidade, sem necessidade de explanação, só como uma forma de retirá-los de dentro de mim, sem ter de esquecê-los no tempo. Guardo aqui, os momentos que chorei e sofri, e até os que sorri, para se precisar, lembrar. Principalmente, lembrar o porque de eu não querer mais, sequer, lembrar.
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