Nós em nós
De fato quando percebemos que sós não somos nós, mas só uma parte de destinos exilados.
Descobrimos também que há um novo caminho a ser trilhado lado a lado de alguém, realmente não sabemos o que é ninho nem telhado, esse pedaço escondido não mostra o que um abraço de costas pelado revela e o que pode ser por ele revelado - nao sozinho - neste ato somos apenas refém nesse cenário solitário.
A gente não tem memória nem referência dessa ausência de pedaços que ficaram faltando no caminho por isso achamos que nem sentimos e seguimos vivendo calados e apenas existindo isolados.
Recusando a inocência de se viver um amor e ser amado - a gente vai trotando e tentando como um cavalo alado daqueles filmes de príncipe encantado- sem destino, sem roteiro, sem ninguém ao lado.
Os nós somos nós quando trilhamos juntos os nossos passos após firmarmos nossos laços tão profundos e sagrados na comunhão de dividir nossos espaços, nossos destinos, nossos dados.
Nós somos só pedaços de retalhos remendados, mas que juntos nos mostram que existem outros lados, outras memórias, outros mundos, outros fardos fazendo um novo conjunto dos nossos pequenos trapos e construindo histórias em conjunto, num novo universo - compartilhado.
Eu quero construir um mundo desses retalhos cheios de histórias e comentários, gritar as experiências e experimentar as suas vivências pelo sabor do que você tiver me contado.
Eu quero o tato intacto pra sentir cada pedaço do destino ao seu lado.
E que no caminho cada buraco seja motivo pra um novo papo, um novo bolo a ser cortado, um novo adorno, um novo ato.
A gente toma um vinho, e decide o próximo passo!
Mas chega uma hora que o que depende de nós sozinhos já fora conquistado e aí o marasmo vira um recorte desse trilho solitário que eu me encontro agora.
Essa solidão parece um preço alto a ser pago pra quem precisa abrir mão de sonhos que nos foram projetados e nós os realizamos, mesmo que no final nós não nos sintamos realizados nem prontos.
Será ilusão acreditar que nós teremos outra chance de nos sentirmos amparados?
Protegidos?
Amados?
Ou no final seremos só mais do nós, sentados e sós colocando nossos próprios cacos?
O Deco, O Dé, O Gui, O Sonhadorzinho.

- André Sgalbieri
- Simplismenet um SER NORMAL, diferente do comum e mais ESPECIAL do que você possa imaginar! Corpo de HOMEM, jeitinho de moleque, amando sempre, tentando sempre... aprendendo cada vez mais a dar valor a VIDA! Ser feliz é o que me importa agora... se quizer vires comigo, seja bem-vindo... traremos felicidade um ao outro! Guï
Sonhadorzinho

Uma boa leitura, um momento de frescura pra uma vida dura.
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