O que eu vejo não sou eu, mas o que fizeram de mim.

 O espelho me encara!

E fica na minha cara o desconforto do confronto que se cria ali.

Ao me ver eu me deparo com tudo que dizem de mim.

Tudo que eles podem ver. Não sentir.

Eu ouço as vozes que me invalidam refletidas pra mim, ecoando e mostrando um ponto de vista estranho.

Eu não me vejo inteiro sempre, muitas vezes porquê esses medos nem me pertencem, mas eles estão aqui.

As vezes me vejo em partes,

Em pedaços refletidos, sabe?

sentidos e doloridos destas arestas de mim.

O espelho me encara, Cara!

Ele fala na cara aquilo que eu não queria ouvir.

E essa imagem dissidente do que a gente aprendeu a sonhar como decente pra gente, arde muito aqui.

Eu viro um caco.

Um pedaço afiado de mim.

Não entendo porque eu mesmo não me vejo ali.

Aí eu lembro que neste momento eu ainda estou num processo, lento, de me redescobrir.

Corro pro espelho rápido e falo:

Eu estou aqui!

E me revejo. 

Diferente de como havia feito ali primeiro, eu me percebo e começo a me ouvir.

Nada mudou por fora, só mudou a dor que eu sinto agora quando me vejo espelhado, iluminado e feliz bem diante do meu nariz.

E aí cada traço que eu traço é um marco em mim.

Um jeito de me dizer: sim.

Assinado por mim.

Para mim.






XXXX RASCUNHO

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Simplismenet um SER NORMAL, diferente do comum e mais ESPECIAL do que você possa imaginar! Corpo de HOMEM, jeitinho de moleque, amando sempre, tentando sempre... aprendendo cada vez mais a dar valor a VIDA! Ser feliz é o que me importa agora... se quizer vires comigo, seja bem-vindo... traremos felicidade um ao outro! Guï

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Uma boa leitura, um momento de frescura pra uma vida dura.

Meu.

É meu, para mim! Quando escrevo, escrevo de mim para eu mesmo, expondo as vontades e dores que tenho na minha individualidade, sem necessidade de explanação, só como uma forma de retirá-los de dentro de mim, sem ter de esquecê-los no tempo. Guardo aqui, os momentos que chorei e sofri, e até os que sorri, para se precisar, lembrar. Principalmente, lembrar o porque de eu não querer mais, sequer, lembrar.

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